”Giardino perduto”–”Jardim perdido”
Giardino in fiore, giardino di non possesso,
Trasbordante di immagini ma informe,
In te si dissolse il mondo enorme,
Caricato di amore e solitudine.
Il verde degli alberi ardeva,
Il rosso delle rose trasbordava,
Allucinato ogni essere montava
In un tumulto in cui tutto germinava.
La luce portava in sé l’agitazione
Di paradisi, dèi e inferni,
E gli istanti in te erano eterni
Di possibilità e sospensione.
Ma ogni gesto in te si ruppe, denso
Di un gesto più profondo in se contenuto,
Sebbene porti in te sempre sospeso
Altro giardino possibile e perduto.
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Jardim em flor, jardim de impossessão,
Transbordante de imagens mas informe,
Em ti se dissolveu o mundo enorme,
Carregado de amor e solidão.
A verdura das árvores ardia,
O vermelho das rosas transbordava,
Alucinado cada ser subia
Num tumulto em que tudo germinava.
A luz trazia em si a agitação
De paraísos, deuses e de infernos,
E os instantes em ti eram eternos
De possibilidades e suspensão.
Mas cada gesto em ti se quebrou, denso
Dum gesto mais profundo em si contido,
Pois trazias em ti sempre suspenso
Outro jardim possível e perdido.